Ada Pollara
Esta paulistana é uma contadora de histórias nata. Desde seu tempo de escola participa de concursos literários, tendo sido premiada e elogiada por nomes como Lourenço Diaféria e Torrieri Guimarães. “As observações desses dois especialistas na matéria encorajaram-me a prosseguir”, comenta a autora, que também recebeu palavras de aprovação de Mariza Ruiz, no prefácio do livro a ser lançado em breve pela Editora Kazuá. Para Ruiz, Ada Pollara “… se firma nos escritos. E vai prestando testemunho. Traz para o presente um passado saboroso”.
“Sempre gostei de escrever. Desde os primeiros anos de banco escolar sempre me dei muito bem contando histórias”, assegura Ada Pollara. Ela lembra que uma de suas frustrações naqueles tempos foi um incidente escolar envolvendo um evento literário. No concurso, cujo tema foi Minha Família, seu escrito foi considerado o melhor da classe, mas não recebeu o merecido reconhecimento porque a professora preferia passar seu “texto para outra aluna copiar e assinar sob a alegação de que a letra dela era melhor do que a minha. Mamãe não gostou da desculpa, reclamou…” e o texto da classe do terceiro ano não saiu.
A escritora transmite a energia de uma professora que se mantém ativa utilizando os recursos da Internet, onde continua ministrando aulas de inglês, mesmo depois de aposentada. Original do bairro das Perdizes, morou em diversas regiões da capital paulista e, atualmente, vive em Águas de São Pedro, no interior do Estado, lugar que a inspira a escrever, como gosta de enunciar. Inspirações que levaram a autora a escrever histórias baseadas em suas vivências, que nos permitem participar de momentos importantes de sua vida, em relatos e poemas.
Hoje, já com filhos e netos encaminhados, Ada Pollara pôde decidir a retomada do hábito de escrever. Em outros momentos, quando ainda trabalhava como secretária bilíngue, recebeu prêmios e elogios em concursos de literatura, mas optou por seguir a vida profissional e familiar. Mesmo assim, manteve o desejo de se expressar, o que rendeu histórias para contar e versos que moldou por anos.
Sobre as obras:
Nas LUAS da VIDA: Delicadeza. Essa a primeira impressão que tive ao entrar em contato com estas Histórias que Ouvi da Vida. E, a par dessa impressão perfumada de lembranças deliciosas, outras certezas vieram. Talento. Sensibilidade. Um agradável quê de nostalgia. A menina ingênua que dá lugar à mocinha cheia de sonhos. A mulher adulta que desvenda os encantos e os desencantos da vida nas coisas mais simples. Os amores que poderiam ter sido e que não foram. Tudo assume um significado especial nos textos dessa escritora das miudezas grandiosas.
Ler Ada Pollara é passear por um tempo de acontecimentos felizes, difíceis, curiosos, sinceros; um tempo que alguns diriam que não volta mais. Engano. A autora resgata esse tempo com a maestria dos contadores de histórias e o oferece numa bandeja de prata ao leitor. Este livro merece ser desfrutado aos pouquinhos. Boa leitura.
A vida depois da morte: Finitude é aquele tipo de substantivo que raramente entra em qualquer vocabulário, justamente porque quer que não haverá continuidade, está concluído. E ninguém quer falar do que não existe mais. Quer discorrer, sim, de pulsação, de vigor, de ciclo de expansão. Mas este “A vida após a Morte” não trata simplesmente daquilo que se esgotou, coloca luz na vida de quem ficou depois de perder entes queridos.
E como relembrar quem já não está mais aqui? A escritora Ada Pollara conta, de um jeito bem natural, sem firulas, algumas histórias de quem quis eternizar familiares por meio de uma obra sepulcral. Como ela diz, o nome dado a essa arte é terrível, “tétrico”, mas seu padrasto era um exímio escultor que conseguiu dar forma aos desejos das famílias. Era um modo de fazer com que as lembranças não se esvanecessem.
Este é um livro cheio de memórias afetivas.
Ana Clemente — jornalista.
Por Todos os Séculos: A autora conta historias de vida trazida de longínquas aldeias da Itália trazida pelos imigrantes e que ouviu da família e dos amigos. Nesta obra Ada Pollara conta histórias comuns que traduzem os valores universais de quem coloniza um novo mundo. De um lado a família Rebecca, do outro os Scatolin, são verdadeiras estas pendengas entre as famílias italianas, novelas que expõem o gênio e o ânimo à briga! Muitas vezes nem se sabe o porquê dessa confusão. Discordância sobre namoricos, visões de vida e comportamento humano. È o terceiro livro de Ada pela Editora Kazuá.