Bárbara Teles

Barbara Teles é mineira de sotaque e origem, mas universal de vocação e propósito. Se descobriu atleta, mas principalmente, entendeu que a energia primal do esporte era incrível de se aplicar na vida. Estudou Jornalismo, mas acima disso, deixou as palavras serem lentamente ruminadas e devolvidas ao mundo de jeitos únicos e plurais. Empreendeu (mais de uma vez), mas essencialmente, buscou sua missão no mundo através de canais para ouvir as pessoas e ajuda-las de fato. Participou da área corporativa, mas singularmente, registrou seus passos plantando sementes de conhecimento, empatia e inovação em cada prédio de concreto. Viajou, mas sobretudo, manteve olhos e coração abertos enquanto percorria lugares tão distintos como Boracay, São Luís do Maranhão, Tripoli ou MIlão. E, enquanto tudo isso calcificava seus ossos nômades, escreveu. Sorte nossa.

– Leticia Casavella 

Sobre a obra: Em ‘Sem medo, sem rumo’ e todas as suas crônicas cotidianas de desapego (embora essas duas palavras não sejam tão lógicas quanto deveriam ser juntas), Barbara nos leva pelas mãos para pontos geográficos plurais como subúrbios e capitais, mar e terra, areia e concreto. E em cada um, sua natureza fluida e leve “sou lago ou mar, mas sou água” se revela para nós, que quase sem querer vivemos junto com ela o islamismo misterioso, a energia do Vaticano, a dificuldade de comunicação, a beleza do querer se comunicar, as refeições mais felizes, a falta de pão de queijo, dentre aeroportos cujo cheiro e vibrações a gente sente à paz de uma ilha distante, mas sempre escolhendo a estrada menos percorrida. Robert Frost ficaria orgulhoso, mas também Drummond, porque seu coração é mais vasto que o mundo. Essas crônicas nos acompanham por dias, sendo saboreadas como nossos próprios carimbos de passaporte.

– Leticia Casavella