Borges Lima
Borges Lima é historiador e pós-graduado em História Cultural. Tem como profissão principal a atividade docente e busca por meio da vivência cotidiana entre grandes públicos analisar os diferentes tipos humanos e formas de pensamento presente nos grandes centros urbanos. Leciona História, antropologia e cultura brasileira. Trabalha na Secretaria de Estado e Educação do Distrito Federal e instituições de ensino particular. Natural de Brasília, escreveu em 2011 um material paradidático pela editora HTC.
O livro sobre o pindorama no Brasil tem como título: História lembrada de um povo esquecido – povos indígenas. O material foi adotado em diversas escolas no Brasil e continua sendo utilizado e comercializado. Atualmente está focado em estudos sobre o comportamento pós-moderno e suas relações históricas. Considera essa análise essencial para compreensão do nosso cotidiano e comportamento político. O primeiro fruto desse estudo foi a elaboração de um material de 140 páginas intitulado de: Cidadão de bem ou o nascimento do homo perfectus.
Sobre a obra: “Cidadão de bem ou o nascimento do homo perfectus” é um pequeno livro de ciências humanas que busca conceituar um tipo de comportamento e discurso que se tornou comum essencialmente nos centros urbanos. Para fazer essa conceituação, buscamos relacionar as teorias sociológicas e filosóficas sobre comportamento pós-moderno com o perfil identitário do tipo que se apresenta como cidadão de bem. O cidadão de bem e seu contraponto com o cidadão comum é o objeto desse material.
A partir desse processo metodológico, desenvolvemos uma interação entre o indivíduo e uma tribo urbana de pertencimento. O resultado foi uma descrição analítica da postura prática do cidadão de bem na democracia brasileira, percorrendo sobre sua participação e forma de enxergar a cidadania, bem como sua interação com os espaços públicos. O estudo também se estendeu para uma análise política, utilizando as teorias de ciências política sobre governabilidade e governança para alcançar um entendimento sobre o fortalecimento do discurso identitário do cidadão de bem e sua influência no processo político.
Assim, fomos além de sua conceituação e narramos seu entendimento de sociedade e políticas públicas. O movimento feminista, a política de cotas, o movimento LGBT, a ideologia de gênero, a doutrinação nas escolas, a transformação dos dogmas religiosos em ciência, a meritocracia, os traumas individuais que o próprio cidadão cria para ele mesmo e as restrições aos espaços públicos da cidade são temas transversais que dialogam com o cidadão de bem.Toda construção e descrição do cidadão de bem e do homo perfectus, nome dado ao sujeito que assume esse perfil identitário, bem como as intervenções urbanas descritas acima foram construídas com um importante aparato teórico e diálogo do passado com o presente.
Por isso, utilizamos como baliza teórica nomes como: Michel de Certeau, Maffesoli, Zigmunt Bauman, Emanuel Araújo, Guy Debord, Nietzsche e outros pensadores de grande reconhecimento acadêmico. O cidadão de bem é um assunto novo, mas construído ao largo de diversas eventualidades históricas, de grande atuação social devido sua influência na criação da contemporaneidade. Ao mesmo tempo, trata-se de um termo muito debatido na atualidade mais ainda não conceituado ou teorizado. Por isso, torna-se relevante levantar por meio de uma publicação o debate sobre o tema.
Espera-se com esse material que o assunto homo perfectus seja comentado em seu ineditismo teórico, debatido, louvado, contestado, destrinchado e explorado como luz para novas publicações de autores que concordam ou discordam do conceito apresentado.