Cícero Nepomuceno

Cícero Nepomuceno,

Paulistano, viu sua adolescência perpassar a juventude com um olhar já diferente de muitos à sua época, pois que, muito cedo despertara uma inclinação para o fazer poético. No violão passou a dedilhar os versos próprios. Adentrou Saraus e neles apresentou a sua Arte. Integrou as bandas e com elas emancipou a sua escrita, o que lhe rendeu um primeiro livro autoral, Se7e Pecados Tropicais pela Editora Kazuá (além de participar da Antologia Poética Sarau do Vinil e organizar o projeto Labutaria, poesia sonora) com o qual peregrinou pela FLIP-RJ e Bienal do Livro-SP.

Agora, em setembro de 2019, o Poeta dá à luz ao livro carregado de hermetismos e cores que por si só já prendem e apreendem os nossos sentidos.

 

Sobre as obras

Se7e Pecados Tropicais: Inveja, Ira, Luxúria. Os pecados capitais deixam de ser dor e punição quando revistos pelos olhos contemporâneos dos “Se7e Pecados Tropicais”. Essa obra profunda e cheia de significados reforça que não há limite para a expressão artística verdadeira. Desafiando velhos conceitos, o livro nos convida a olhar com atenção para a vida corriqueira e a pensar sobre os pecados já conhecidos, mas que ainda despercebemos: Fuga, Corrupção, Rotina, Apego, Abandono, Julgamento e Culpa. As lindíssimas poesias abordam esses grandes temas em suas essências, tocando o coração dos leitores e concluindo que “talvez” o grande pecado seja acreditar na própria existência do pecado.

O Céu Pintou o Lago de Vermelho: Com um toque de hermetismo, a polaridade e a correspondência no contexto dessa obra causam um efeito avermelhado na intrigante relação entre “O céu” e “O lago”, na qual, as poesias postas sob a luz da natureza, do desapego, da existência e de excitantes relacionamentos contrapõem-se pelas questões profundas nas turvas águas do lago.

Tomado por esses reflexos, intenções e conclusões, as poesias possibilitam um olhar atento para a nossa integração, não só com a natureza, mas também com o outro ser através de uma viagem poética sobre a nossa própria essência.

“... Luz e sombra é espelho meu... 

Natureza equilibrando eu”