Daniel Lisboa

Daniel Lisboa é paulista e paulistano. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, também estudou poesia na Jack Kerouac School of Disembodied Poetics, escola americana criada por Allen Ginsberg e outros poetas, cujo nome homenageia o amigo e escritor Jack Kerouac e a Poética Desencarnada. Lisboa entende a expressão artística como válvula de escape, “provavelmente a melhor, para a nossa existência cheia de incertezas e medos” e como “uma ferramenta para desnudar aquilo que nós seres humanos nos esforçamos para esconder todos os dias”, quiçá um eco de sua formação.

Influenciado pela avó e principalmente pela mãe, que sempre foi uma ávida leitora, o autor lê desde a infância. Sua escrita, no entanto, não parece buscar origem nas leituras, mas sim nas vivências: “… acredito que grande parte das minhas ideias surgem de estalos, insights de situações bem cotidianas, como de algo que eu observo na rua, uma notícia ou comentário de um amigo. A partir daí, a ideia começa a fermentar na minha cabeça até eu tomar coragem para sentar e colocá-la no papel. Isso costuma demorar, o que é bom, porque nesse meio tempo eu acabo descartando muita coisa, ou seja, só sobra aquilo que eu realmente acho interessante ou relevante”.

O autor já colaborou, escrevendo sobre os mais variados assuntos, para os jornais Folha de S.Paulo, no Folhateen e nas revistas São Paulo e Serafina e O Estado de S.Paulo, em seu Caderno 2. Também publicou nas revistas Piauí, Trip, Tpm, Brasileiros, Vice Magazine, Billboard e Rolling Stone. Sua prática com a escrita também vem de experiências em agências de comunicação, além atuar como roteirista e ghost writer.

Sobre o livro: “A primeira frase do livro anuncia que acabou a água com açúcar. Esse pode muito bem ser o resumo de Aberrações Casuais. Daniel Lisboa escreve à base de pedradas, revelando sempre o lado mais mesquinho e cruel dos personagens – que, apesar de tudo, seguem muito humanos – e forçando o leitor a admitir o quanto também está ali exposto. Literatura corajosa.” (Antônio Xerxenesky, autor de “F” e A página assombrada por fantasmas)

“Ditadura, holocausto, fetiches e relações familiares vistas pelo original olhar de Daniel Lisboa provocam estranhos prazeres, dores irresistíveis, como tirar a casquinha de uma ferida. Há algo de muito novo nascendo aqui.” (Santiago Nazarian, autor de Biofobia e Mastigando Humanos)