George de Paula Furlan

George Furlan de Paula, por ele mesmo: Assim como muitos, minha tataravó foi pega a laço e abusada. Fui educado por mulheres. Minha criação é fruto do patriarcado cristão e seus massacres. Sou mais um sem terra. Sou mais um preto. Sou mais um trabalhador. O teatro, a literatura, são meus lugares de criação e liberdade. Me interessa a alma, a língua, a justiça. Trago no peito a inevitável urgência de ser feliz.

Sobre a obra: O livro "Beirage" parte da inquietação de quem é posto à beira do macro sistema econômico e social por motivos quaisquer e tem como fonte de poesia: cenas recortadas do quotidiano, manchetes de jornais, reportagens televisivas, ou seja; a matéria prima são os acontecimentos, na intenção de ser um recorte vibrante e reflexivo da contemporaneidade.