Marilia Fayh
Sobre seu trabalho como artista plástica, o mestre Danúbio Gonçalves declarou: “Muito se evidenciou que a arte reflete a cardiografia do artista, espelhando, sim, a personalidade do autor ou digitando etapas existenciais. Por aí, Marilia Fayh, na escultura, extravasa energia. Na pintura, na litografia, encontramos o simbolismo da bicicleta, possivelmente eco dessa mobilidade peralta que é seu jeito de ser. Podemos ler nas suas imagens, nos recursos táteis da argila, o transparente apetite de viver.” Artista plástica consagrada, Marilia Fayh sai da escultura, da litografia e da pintura – sem abandoná-las – e parte para uma viagem pela escrita. Depois de circular pelo mundo mostrando sua arte, mergulha em uma viagem em si mesma, cata seus apontamentos e sentimentos e revela-os, sem meias-palavras. Começa a trajetória da escritora.
Sobre o livro: A artista plástica revirou seu baú de histórias guardadas, acrescentou outras tantas e colocou tudo em seu primeiro livro. São lugares visitados, gente amada e sentimentos dissecados, sem meias-palavras, temperados com saudade, amor e esperança. Família, amigos, perdas, ganhos, lugares: está tudo lá, em Diário de Alecrim. São escritos que tomaram forma com o passar dos dias, no cotidiano, em meio ao trabalho frenético com barro, cera, bronze, tinta; no nascimento dos filhos; nas perdas do pai, do irmão; no contato com gente de outros continentes, outras culturas. Difícil vai ser alguém não se identificar com essas gentes, esses lugares, esses sentimentos.