Azuiz, de Regina Alonso

Sobre a obra: Na transparência do poema, o artista é o operário em busca da beleza para (re)construir o cotidiano sem máscaras. A força da palavra é multiplicada, quando o poeta se junta a outros artesãos, pintores, escultores, artistas plásticos, performáticos, músicos… 

Ao conceber este livro, desperta a vontade de provocar um diálogo entre versos e imagens, uma conversa que tenha liquidez, movimento e memória.

O azul, que desde pequena me encanta, toma conta da imaginação. Na parede do apartamento, aquarelas de Luci Brogliato Brandimiller trazem a lembrança do Atlântico e do que fui para ser quem sou. Volto às travessias de barco com o pai, a navegar no azul do céu espelhado nas águas, multiplicado nas lembranças ingênuas — vestidos e toalhas bordadas com o fio azul.

Imediatamente convido a aquarelista, amiga sensível, que aceita com alegria. A conversa serena e harmoniosa navega em vários tons de azuis. Mando poemas, ela responde com aquarelas. Outras vezes, a aquarela vem primeiro, o poema depois. 

O azul escorre. Expande a verdade, o sonho, a beleza, pois a vida não basta.

Sobre a autora: Regina Alonso​ é uma premiada escritora e poeta, destacando-se desde suas primeiras manifestações. Seu trabalho conheceu o mundo, colecionando críticas positivas. Entre as diversas obras publicadas de poesia, contos, crônicas e romance, revela uma sensibilidade tão prática quanto metafísica, mesclando poesia, pensamento e espírito.
Uma ativista literária, Regina dedica-se voluntariamente a projetos como o ‘Café com Letras’ na AMBEP Santos, e o ‘Outras Palavras’ da ONG Tamtam – Rolidei​, disseminando o gosto e o hábito de leitura de forma livre e prazerosa. Para ela, o serviço é uma manifestação indispensável de suas habilidades, expressão de sua gratidão pela vocação poética pela vida concedida.
Nas palavras da poeta: “Temos que ter muita responsabilidade por nossos dons. A poesia é a vida. Quando se busca a poesia, busca-se a essência vital das coisas.”