Leela: logos lego língua, de Rodrigo Santiago

O autor coloca ao leitor muitas possibilidades de pensamento: Quem detém o cetro da semiótica capaz de deflagrar a centelha do insight poético? O significante ou o significado, a sintaxe ou a semântica, a forma ou o conteúdo, a palavra ou a ideia, o sentimento ou a razão, a sonoridade ou a expressão visual? Volta à indagação tão comum nas conversas humanas: nasce primeiro: o ovo, a ideia do ovo, ou a galinha? Estas inquirições, o autor conceitua como “metafísica literária”, perpassando a poesia de LEELA: LOGOS-LEGO-LÍNGUA. Com certeza um professor terá muitas possibilidades de trabalhar com a linguagem e com a literatura existente no livro. Obcecado em decodificar o rito do processo criativo, inclusive o próprio - intrinsecamente metalinguístico – o autor desmistifica o senso comum, desafiando-o contra a existência de uma linearidade cartesiana de mão única e rigidamente definida no caminho multifacetado da sempiterna estrada que amalgama as ideias e nos apresenta ideias e palavras, com todos os contornos e a essência de um poema alquímico, convicto da inexistência de qualquer lógica que permitirá promover a fusão sintética (sintática e semântica) de todos os elementos semióticos das palavras e substituirá a metafísica pela “metalquímica literária”.