
Nacadema, de Juan Toro
Modelo:978-85-66179-82-8
A poética de Juan Toro nesta obra intitulada Nacadema é constituída num movimentar por entre as fronteiras a saber: do sentido e do sem sentido, empreendendo o encontrar telúrico dos opostos ou mesmo a unificação imanente dos dispares. É em seu implícito norteador aparentemente conflitante, em sua essência e consecução dialética que o autor promove a multiplicação de imagens e tal processo submergido não é simplório uma vez que esta ação coordenativa demanda uma transmutação das mesmas, violentando-as de revés, fronteiras estas que são deslocadas e habitadas pelo poeta na ação criativa da poiesis, dotado tanto de singularidade quanto de inventividade no trato da concepção imagética e rítmica. Estes versos são notoriamente inspirados pela Academia e suas diversas possibilidades de existência. Com a propriedade de quem vive os conflitos e as satisfações oferecidas por este lugar, privilegiado pela circulação e criação de conhecimento, o autor apura sua percepção sobre a complexa intimidade entre as estruturas, os conceitos e os seres que as habitam e engendram.