No livro Nó Jeferson Ferreira se aproxima em certa medida de exercícios da deriva, dos situacionistas construindo seu caminho a partir da imobilidade dos desesperados numa época em que a velocidade da fuga suplanta perplexidade, segundo Állison da Hora.
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Nó, de Jeferson Ferreira

Nó, de Jeferson Ferreira

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Na tribulação há o correr dos fugitivos e a estupefação de quem para. Numa época em que a velocidade da fuga suplanta a perplexidade de quem simplesmente não consegue – nem quer – fugir, os versos de Jeferson Ferreira são como o exercício da deriva, dos situacionistas: mais ainda além, chegando aos instantes inapreensíveis, construindo seu caminho a partir da imobilidade dos desesperados e da desabalada carreira dos que estão em pânico.

E aí temos do fragmento (que Novalis imaginava como porcos-espinhos, enigmáticos em sua própria clausura) a suposta objetividade do pequeno poema em prosa. Não como fotografias, como corre hoje, banal, pela sociedade da imagem e da espetacularização, mas como percepções profundas, como o desejo no olhar do comedor de ópio.

Anacrônico? Não, ainda mais agudo, porque essa percepção transcende a visão recorrentemente digital à qual nos acostumamos nesses dias, e justamente por isso a ultrapassa por fazer com que vejamos o mundo sob o olhar da descoberta mesmo.

O apocalipse é um eterno reescrever de finais que nos colocam no fatal caminho da origem, origem esta supostamente concluída, mas na qual moram os inacabamentos.

Estes, que nos colocam entre a tribulação da fuga e o pânico da estupefação de quem para. Porque poesia é intranquilidade.

Álisson da Hora.

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