Sobre a obra: Finitude é aquele tipo de substantivo que raramente entra em qualquer vocabulário, justamente porque quer que não haverá continuidade, está concluído. E ninguém quer falar do que não existe mais. Quer discorrer, sim, de pulsação, de vigor, de ciclo de expansão. Mas este “A vida após a Morte” não trata simplesmente daquilo que se esgotou, coloca luz na vida de quem ficou depois de perder entes queridos.
E como relembrar quem já não está mais aqui? A escritora Ada Pollara conta, de um jeito bem natural, sem firulas, algumas histórias de quem quis eternizar familiares por meio de uma obra sepulcral. Como ela diz, o nome dado a essa arte é terrível, “tétrico”, mas seu padrasto era um exímio escultor que conseguiu dar forma aos desejos das famílias. Era um modo de fazer com que as lembranças não se esvanecessem.
Este é um livro cheio de memórias afetivas.
Ana Clemente — jornalista.
Sobre a autora: Esta paulistana é uma contadora de histórias nata. Desde seu tempo de escola participa de concursos literários, tendo sido premiada e elogiada por nomes como Lourenço Diaféria e Torrieri Guimarães. “As observações desses dois especialistas na matéria encorajaram-me a prosseguir”, comenta a autora, que também recebeu palavras de aprovação de Mariza Ruiz, no prefácio do livro a ser lançado em breve pela Editora Kazuá. Para Ruiz, Ada Pollara “… se firma nos escritos. E vai prestando testemunho. Traz para o presente um passado saboroso”.
A escritora transmite a energia de uma professora que se mantém ativa utilizando os recursos da Internet, onde continua ministrando aulas de inglês, mesmo depois de aposentada. Original do bairro das Perdizes, morou em diversas regiões da capital paulista e, atualmente, vive em Águas de São Pedro, no interior do Estado, lugar que a inspira a escrever, como gosta de enunciar. Inspirações que levaram a autora a escrever histórias baseadas em suas vivências, que nos permitem participar de momentos importantes de sua vida, em relatos e poemas.
Hoje, já com filhos e netos encaminhados, Ada Pollara pôde decidir a retomada do hábito de escrever. Em outros momentos, quando ainda trabalhava como secretária bilíngue, recebeu prêmios e elogios em concursos de literatura, mas optou por seguir a vida profissional e familiar. Mesmo assim, manteve o desejo de se expressar, o que rendeu histórias para contar e versos que moldou por anos.