
Demorei a gostar da Elis” é um romance que retrata uma geração: A dos que nasceram entre o final dos anos sessenta e início dos setenta, a “Geração Coca-Cola”, como cantou Renato Russo, que viveu o Milagre Brasileiro, a hiperinflação, a democratização, a década perdida e o que seguiu. Os personagens Libertad Dias da Costa e José Brasil Bataglia Vergueiro encontram-se num momento difícil e é por esta dor que as memórias vividas começam a surgir no reencontro. Colegas de escola na infância, com adolescências separadas e diferentes juventudes, suas experiências de vida: maternidade, paternidade, desamor e morte se confundem com a desesperança dos dias atuais. É na vida adulta que as lembranças se adensam. Narradores se alternam em capítulos não lineares sob a musicalidade das epígrafes de canções que marcaram os anos 70, 80 e 90 vividos intensamente pelas personagens.